Capacetes brasileiros testados na europa

por Renato Pagano Qua Fev 03, 2016 11:31 am

Fonte - Jornal OGlobo 03/02/2016

USP revela que alguns modelos nacionais são inferiores aos estrangeiros. Certificação também seria deficiente

Anorma para que os capacetes sejam homologados para venda no Brasil não é tão rígida quanto o padrão global exigido pelas Nações Unidas. É o que indica um estudo realizado pelo Grupo de Mecânica dos Sólidos e Impacto em Estruturas, da Universidade de São Paulo ( USP). O projeto fez um “crash test” em dez modelos de capacetes de sete marcas distintas — alguns fabricados aqui e outros, importados.
Capacetes brasileiros testados na europa Getimage

Capacetes brasileiros testados na europa Getimage

DIVULGAÇÃO

[size]Aprovado. O Shark S 700 passou nos testes feitos na Inglaterra
Entre esses, um lote de cinco capacetes foi enviado para a Inglaterra para ser testado pelo Sharp, programa criado em 2007 pelo ministério dos transportes inglês para classificar a segurança de capacetes e orientar o consumidor.
É como se fosse um Euro NCAP para capacetes. Ou seja, adotam padrões de aprovação superiores até aos exigidos pelas Nações Unidas para homologação. Confira na tabela abaixo o resultado dos modelos testados pelo órgão britânico e vendidos no Brasil atualmente.
NORMAS: ONU X INMETRO
O resultado mostrou uma divergência entre as normas de homologação das Nações Unidas e do Inmetro. Dos capacetes testados, apenas o Protork Evolution 3G se enquadrou nos padrões europeus. Os outros cinco não poderiam ser vendidos no Velho Continente. Mas todos têm venda autorizada no Brasil. Pelos testes do Sharp, nenhum dos modelos obteve cinco estrelas nos testes de colisão.
Isso indica que a norma de homologação exigida pelas Nações Unidas pode ser mais rigorosa. Ela é adotada, por exemplo, pela maior parte dos países europeus.
— Na norma brasileira o capacete cai em cima de uma superfície plana ou de uma superfície esférica, por exemplo, enquanto que na das Nações Unidas ele cai em uma plana e em uma superfície que imita o meio fio — diz Marcílio Alves, professor do grupo e responsável pelos testes.[/size]
A revista “Autoesporte” contatou todas as marcas cujos capacetes não foram aprovados nos ensaios exigidos pelas Nações Unidas. São elas Taurus, EBF e Norisk, cujo modelo testado foi o FF391. “O produto foi desenvolvido para ser comercializado exclusivamente no Brasil, em conformidade com as exigências do mercado nacional”, disse a Norisk. A Taurus afirmou que “tendo em vista que cada país especifica suas próprias normativas não podemos afirmar que produtos fabricados usando uma determinada norma passa a ser inferior a outra”.
A fabricante EBF, cujos modelos Rox e E8 não foram aprovados nos testes da USP pelas normas das Nações Unidas, não respondeu — o E8 não foi aprovado sequer pelos padrões do Inmetro.
Para ser aprovado pelas Nações Unidas, o capacete precisa ser mais resistente ao impacto do que o homologado nos padrões brasileiros. A regra NBR 7471 exige que o capacete colida contra uma base a 25,2km/ h, enquanto que a norma das Nações Unidas requer uma velocidade de 30,6km/ h.
No estudo da USP, a maioria dos capacetes nacionais enviados à Inglaterra para serem testados pelo padrão Sharp foi reprovada.
— Isso significa que um capacete que tenha uma certificação por esse protocolo inglês é bem melhor do que um capacete brasileiro — conclui Marcilio.
REALIDADE BRASILEIRA
Vale lembrar que o Inmetro não faz os testes de capacetes, mas os laboratórios que podem realizar os ensaios a pedido das marcas. De acordo com o instituto, os capacetes são testados a cada 6 ou 12 meses, dependendo do modelo de certificação adotado pela marca.
Capacetes brasileiros testados na europa Getimage

Sobre a possibilidade de a norma nacional ser mais branda, o órgão afirmou que “existem casos em que a norma nacional é até mais rigorosa em algum requisito, podendo ser mais branda em outro requisito. O que nos é permitido afirmar é que os capacetes certificados são seguros e atendem à realidade social e econômica brasileira”.

por Convidado Qua Fev 03, 2016 11:39 am

Muito interessante essa matéria Renato, só comprova o que falamos aqui, o certificado Inmetro é uma piada.

por Renato Pagano Qua Fev 03, 2016 11:47 am

Daniel K escreveu:Muito interessante essa matéria Renato, só comprova o que falamos aqui, o certificado Inmetro é uma piada.

Não compro mais nenhum capacete aqui no br.
E é sacanagem tambem dos estrangeiros que fabricam aqui de gelatina so porque a norma brasileira é mais branda

por **JulianZ** Qua Fev 03, 2016 1:54 pm

Pode postar o link da notícia Renato?

Agora falando sério, mandarem os capacetes brasileiros na Sharp é uma humilhação, kkkkkkk. Alguns parecem casca de ovo, não precisa nem fazer teste para ver que é nota zero.
Agora para quem presa segurança e esta com poucos recursos financeiros esse protork é uma opção boa. 3 estrelas para uma capacete na faixa de 150 reais não é ruim.

por Convidado Qua Fev 03, 2016 2:00 pm

Renato poderia colocar aqulela tabela embaixo ampliada pra nós ver as marcas e notas

por Renato Pagano Qua Fev 03, 2016 5:36 pm

segue o link da mesma materia da revista autoesporte

http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2016/01/padrao-de-seguranca-dos-capacetes-vendidos-no-brasil-e-inferior-ao-das-nacoes-unidas.html

por Renato Pagano Qua Fev 03, 2016 5:46 pm

JulianZ escreveu:Pode postar o link da notícia Renato?

Agora falando sério, mandarem os capacetes brasileiros na Sharp é uma humilhação, kkkkkkk. Alguns parecem casca de ovo, não precisa nem fazer teste para ver que é nota zero.
Agora para quem presa segurança e esta com poucos recursos financeiros esse protork é uma opção boa. 3 estrelas para uma capacete na faixa de 150 reais não é ruim.

Não sabia que este protork era tão barato.
Por menos de 150 reais é ÓTIMO.

por Convidado Qua Fev 03, 2016 5:55 pm

Caramba será que ta certo isso Renato, não ta nem 100 pila esse capacete.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-701176627-capacete-moto-fechado-pro-tork-evolution-3g-branco-azul-_JM

por Renato Pagano Qua Fev 03, 2016 6:08 pm

Daniel K escreveu:Caramba será que ta certo isso Renato, não ta nem 100 pila esse capacete.

http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-701176627-capacete-moto-fechado-pro-tork-evolution-3g-branco-azul-_JM

Parece inacreditável mas é isto mesmo Daniel.

por **JulianZ** Qua Fev 03, 2016 11:22 pm

Valeu Renato, vou compartilhar com outros aqui.

por Convidado Qui Fev 04, 2016 8:28 am

Pessoal, ele é seguro, mas sera que e confortável, durável e silencioso? ???

por **JulianZ** Qui Fev 04, 2016 8:45 am

Marcos Teles escreveu:Pessoal, ele é seguro, mas sera que e confortável, durável e silencioso? ???

Poxa Teles, é um capacete de 120 reais, não acha que ta pedindo muito????? Kkkkkkkkkk
Para usar na cidade pode ser um capacete bom.

por Laercio Altino Qui Fev 04, 2016 8:46 am

Ótima matéria Renato. Parabéns!

Vou postar no meu Moto Grupo.

Alguns membros compram pela estética e não pelo quisito mais importante, resistência a impacto.

por Luizfva Dom Fev 14, 2016 6:42 pm

Comprei esse protork (liberty evolution 788 G4). Na viagem de BH-cabo frio-BH (1.200 km) a viseira já perdeu transparência, além disso, ele machuca a testa e a fivela sempre agarra, fica presa e não solta. Enfim, pra mim é uma bosta, 120 pilas no lixo.

por Convidado Dom Fev 14, 2016 8:06 pm

Obrigado pelo relato Luiz, ta explicado pq é 120 reais

por Rodrigo R. Peracini Dom Fev 14, 2016 8:21 pm

Valeu pelo alerta Luiz.

por _Júlio_ Seg Fev 15, 2016 11:48 am

Pessoal com todo o respeito a marca pro-tork. Mas não se iludam com um teste que ele teve 3 estrelas. essa é uma marca de materiais descartáveis.

Faço trilha,e tem muito produtos pro tork nessa área, e acreditem é totalmente descartáveis e não protegem nada. eu prefiro comprar um taurus com nota 0 do que pro tork com 3 estrelas.

por Convidado Seg Fev 15, 2016 2:26 pm

Isso é verdade Júlio, pideriam inveatir em qualidade, pois o mercado e bem amplo.

por Rogério Seg Fev 15, 2016 3:00 pm

Renato, compartilhei nos grupos do Face que participo.

Obrigado pela dica.

por Conteúdo patrocinado

Capacetes brasileiros testados na europa